sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E depois do adeus?

Bem, tudo na vida tem um prazo de validade, e consequentemente chega ao final. É assim com os iogurtes, com o arroz, com os preservativos (verifiquem sempre a validade sff que o látex perde propriedades e rasga mais facilmente!)...

Este será o último mês em que na minha morada constará a palavra Aveiro (pelo menos por agora).
Os 2 anos e 3 meses passados nesta cidade, cuja Ria rasga ao meio, e em que o mar está à distância perfeita de um namoro à moda antiga... foram dois dos melhores anos da minha vida.
As pessoas fantásticas que conheci, as experiências que vivi, não poderiam ser relatadas num livro, muito menos num post, mas resumidamente posso referir que vivi momentos de paixão, euforia, raiva, solidão, felicidade, amizade, frustração... tive frio, tive calor, comi tripas e ovos moles... enfim, vivi na plenitude dos meus sentidos.
A relação que estabeleci com a cidade foi-se desgastando (sobretudo a nível profissional), e a páginas tantas encontrei-me num cruzamento. Optei por mudar de direcção rumo ao desconhecido, porque o que conheço deste lado é incapaz de me completar.

Foi aqui que descobri a bicicleta, apaixonei-me pela corrida, e dei início à minha vida de atleta amador... Foi daqui que fiz travessias, que saí para maratonas de btt, corridas de atletismo e ultimamente duatlos. O interesse por este meio veio crescendo, e com isso compensando o facto de a nível laboral não me sentir realizado. Era o meu ópio, a minha válvula de escape... Contudo, e quando as relações são baseadas em interesses acabam inevitavelmente por sucumbir, como castelos de cartas à primeira rajada de vento.

Mais do que viver, esta etapa da minha vida serviu para aprender (e não falo só em tratar da roupa)... para me conhecer, crescer, saber o que (não) pretendo fazer.
Parto com muita esperança (e com vontade de parar para reflectir) no futuro.
Não sei se encontrarei o que procuro, mas prefiro morrer na procura, do que nem sequer o tentar.

Até já

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentim estavas bem era quietinho!

Pois é, hoje celebra-se o dia dos namorados (vulgo dia de S. Valentim)... a que eu particularmente gosto de chamar terça-feira.
A terça-feira (ou dia dos namorados) de um modo resumido e frio, celebra a morte de um bispo de nome Valentim, que contrariando as ordens da altura para cessar celebrações matrimoniais, andou a unir gente, e uniu-se (ou pretendeu) a si próprio com a filha de um carcereiro antes de falecer por condenação à morte (história aqui).

Vai daí alguém se lembrou "olha que história bonita... vou facturar uns trocos com isto!".
Colocar um bispo decapitado nos postais de namorados não é propriamente uma imagem agradável e sugestiva, e alguém por qualquer motivo trouxe à baila um anjo flácido e com excesso de peso, vestido com uma fralda feita a partir de um guardanapo de mesa, possuidor de um arco e uma flecha designado por Cupido, que é um pândego que gosta de andar por aí a espetar flechas em solteiros, convertendo-os em casais, e posteriormente usufruidores de benefícios no IRS.
Esta personagem da mitologia grega é o filho de Vénus (a deusa do amor), e - supostamente afirma Vénus - Marte, o deus da Guerra (história aqui).

Os postais já estavam, só falta mais qualquer coisita, porque as meninas não se contentam com um par de rabiscos num postal, e votos de amor eterno. Toda a gente sabe que aquilo que as mulheres realmente gostam é de di... flores e chocolates!
Este par flores/chocolates vem sendo utilizado desde os mais remotos tempos, e nas diversas situações em que o homem tinha a corda no pescoço (embora ultimamente tenha caído algo em desuso). Agora expliquem - já que isto me ultrapassa - porque raio celebramos a morte de um mártir, oferecendo ás "nossas" amadas chocolates e flores?!

Adiante, uma série de novas possibilidades se abriram neste dia, e dos chocolates passou-se para o jantar fora, o jantar à luz das velas (que é um retrocesso civilizacional, e uma falta de respeito por Edison), idas ao cinema, relógios, jóias, quartos de hotel... e por aí fora...

De qualquer das formas, e apesar de neste momento estar sozinho em casa a encher a minha boneca insuflável, através de ar expirado dos meus pulmões... A todos os enamorados, um feliz dia. Sejam felizes :)