quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Medo Não Me Assiste

Boa tarde,

Não sei se já tiveram a oportunidade de ver um vídeo, onde um jovem visionário, irreverente e corajoso - de nome Hélio - montado num longboard, desce uma estrada, enquanto é filmado por um grupo de amigos.
Para os que não viram, e para os que viram, mas querem rever, fica o mesmo abaixo:



Este vídeo atingiu uma enorme popularidade no youtube, e foi difundido continuamente nas redes sociais, levando mesmo à criação de grupos de fãs no facebook, artigos em jornais, e a jogos de entretenimento na web.

Mas o que não foi dito, e merece ser salientado, é que este vídeo é muito mais do que um momento de cromice exacerbada... este video - para mim - é uma lição de vida, o exemplo de um momento e de um ser excepcionais.
No momento em que Hélio pressente que começa a perder o controlo do skate, não começa a praguejar... quando percebe que já não se vai aguentar muito tempo de pé, não se preocupa consigo mesmo, com o facto daquele momento embaraçoso ficar registado em vídeo... quando interioriza que terá um encontro imediato com o ponto de controlo de gravidade, a que se dá o nome de chão, e num momento extremo de altruísmo, responsabilidade humana, e amor pelo próximo, Hélio pede a Guedes que saia da frente!
É verdade que muito provavelmente se iria magoar... mas Hélio não teme por si! Hélio teme pelo seu amigo, o seu companheiro, aquela pessoa que sem ter culpa se poderia ver envolvida num choque, e que não merecia sofrer pelos seus actos radicais.
Temos muito a aprender com Hélio... Não em termos de manejo de longboard, porque ficou claro que Hélio precisa de melhorar esse aspecto... Não na forma como escolheu criteriosamente o sítio conde iria embater após o despiste, embora o tenha feito muito bem... Não na forma confiante - e um pouco arrogante - como arranca para a sua saga... Mas sim em termos de humanidade, respeito e amor pelo próximo.
Um bem haja Hélio

terça-feira, 19 de julho de 2011

A minha Pila e Eu

O porquê de ser selectivo?
Para responder a esta questão vou falar-vos da história que eu e a minha pila partilhamos. É uma relação de longa data, que na sua grande maioria foi pautada por bons momentos.
A minha pila e eu, estamos unidos desde o momento da gestação, e até ao dia de hoje, nunca me deixou ficar mal!
Nas alturas em que mais precisei dela, nas alturas em que apelei a mais um esforço, esteve sempre pronta a oferecer-me bons momentos, chegando mesmo a mostrar-se incansável quanto a proporcionar-me felicidade.
Se é verdade que na altura em que eu tinha 13/14 anos me embaraçou um par de vezes, e que durante uns tempos tivemos uma relação fechada... quando eu percebi que a poderia partilhar - sem que a nossa relação saísse afectada, mas pelo contrário, fortalecida - abriu-se todo um novo mundo de satisfação e alegria.
É por estes motivos - e por mais alguns - que ela merece respeito da minha parte. Merece que eu lhe retribua com a mesma moeda, com a mesma dedicação e empenho... e é por esse motivo que não a uso à toa, independentemente do que possam pensar ou dizer...
À minha pila só dou o melhor, e este é o segredo da nossa relação.

No dia do meu nascimento foi-me atribuído um cérebro, uma pila, e a capacidade de distinguir cada uma das suas funções...