Por vezes quando observava alguns cães a correr atrás do próprio rabo - como quem acredita piamente que a felicidade está ali um palmo à frente do nariz - sorria da estupidez de tal acto.
Contudo já dei por mim a fazer o mesmo. Não literalmente, mas metaforicamente.
O objectivo de todos nós - independentemente do que possam dizer - é atingir esse estado de espírito. E na nossa subjectividade e individualidade escolhemos os caminhos para tal.
Há quem a procure num carro topo de gama, numa plasma do tamanho da Torre Eifel, numas férias de luxo numa ilha paradisíaca, em festas, em viagens, nuns sapatos, numa mala, em prazer sexual, em relações amorosas, em realização profissional, em realização desportiva, drogas, álcool... sei lá... São inúmeras as hipóteses, tal como são inúmeras as diferenças entre os seres humanos, e o que os motiva.
Mas voltando ao cerne da questão... também eu por vezes já dei por mim a procurar a felicidade no sítio errado, tentando alcançar algo inatingível, e que sinceramente teima/teimava em escapar sempre que chegava perto.
É nessa altura que deverá vir ao de cima o bom senso, e essa capacidade tão humana do raciocínio lógico de que somos dotados (alguns mais do que outros, é certo e sabido). Apesar da dificuldade que é fazer isso, convém saber distinguir o que está ao nosso alcance, daquilo a que não poderemos chegar... e evitar esse estúpido e completo desperdício de tempo, que é correr atrás do próprio rabo...
terça-feira, 19 de junho de 2012
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