quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Princípio de prazer (e dor)

Segundo Freud há duas fontes principais de motivação, o prazer e a dor... mais propriamente a busca do prazer, e a fuga da dor.
Quando começamos a praticar exercício intenso, e atingimos os nossos limites, o ponto de superação, aquele limiar que temos de ultrapassar é doloroso... dói de verdade, é um sofrimento que só quem passa sabe o que custa... esse é o motivo porque a maioria desiste (e muitos preferem criticar quem continua, ou demove-los das suas ambições pessoais). O sabor a sangue na boca, a sensação de não conseguir respirar... o coração a bater tão forte que estremece todo o corpo... O que provavelmente Freud se esqueceu de incluir na sua teoria, foram os atletas de resistência, aquelas pessoas que encontram na dor da superação o prazer, aqueles que como eu - e tantos, mas tantos outros - têm um trabalho normal, são bons naquilo que fazem, e depois nas horas livres, dedicam grande parte da sua vida a esforçarem-se por uma ambição pessoal, voluntariamente, sem auferirem monetariamente com isso, abdicando de outras actividades. Apenas e só pelo prazer de se superarem a cada dia.
Porque por muito que aplaudam ou critiquem os meus feitos (os nossos feitos), a única pessoa cuja opinião realmente pesa, é o meu maior aliado, o meu maior adversário, é aquela pessoa que se levanta ás 6 da manhã para ir treinar... com sono, com frio, com mais vontade ou menos vontade. Eu!
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