sábado, 13 de novembro de 2010

Escolhas

Nas últimas duas semanas, aos sábados de manhã, estou a receber uma formação sobre comportamento organizacional. Nessa formação, somos incentivados a definir a nossa tabela de valores pessoais, bem como pensar em médio/longo prazo, definindo objectivos, e formas de os atingir.
Eu confesso que funciono muito com a chamada "navegação à vista", e que me vou movendo mais por instinto, do que realmente planeando os meus passos. Contudo, a verdade é que enquanto estava estirado no sofá, traçando uma retrospectiva da minha vida, percebi que realmente ando completamente "sem sentido".

Fui um promissor aluno da primária, destacando-me de todos os outros na facilidade de aprendizagem, e raciocínio lógico... escrevendo poemas, praticamente assim que comecei a saber ler e escrever. Na fase intermédia entre a primária e a secundária, fui um aluno regular, procurando fugir ao estatuto de "bimbo", e muitas vezes doseando as minhas capacidades, para não dar nas vistas. No secundário - e sobretudo nas disciplinas de informática - voltei a ser muito bom. No 1º ano da faculdade, fiz as cadeiras com boas notas, e sem grande esforço... A partir daí, comecei a andar à deriva... Deixei de ter um plano.

Tive muitas experiências - algumas positivas, algumas negativas. Posso falar de muitos assuntos com conhecimento de causa. Se voltasse atrás, talvez tivesse feito as coisas de forma diferente, mas... o que lá vai, lá vai.

Ceguei à conclusão que sou uma sombra do que poderia ser, e que muitas vezes, passo os dias a fazer tarefas rotineiras e mecânicas, que exigem pouco esforço mental. Sou muitas vezes subvalorizado...

Neste momento estou numa encruzilhada. E sinto que tenho duas opções... seguir neste caminho, ou reformular a minha vida. Ambas as hipóteses têm vantagens e desvantagens, e constituem a minha maior preocupação neste momento...
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